quinta-feira, 26 de março de 2009

Pura crueldade...

Eu sei que meu amor
É imperfeito
Mas se ele deixar,
Vou lhe mostrar
O quanto também
Tenho defeito
Não é pra me gabar
Mas rio do que faço
Eu devia chorar

Eu sei o mal que fiz
Já está feito
Mas lhe pedi perdão,
Por ser assim
E o coração que
Tenho no peito
Não quer acreditar
Já nem estou mais aqui
Nem em qualquer lugar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tão errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade
pedir pra ele mudar

Nem luz, nem espelho,
Nem olhos pra enxergar
Acho que sou alguém
Que nunca vai mudar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tão errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade pedir pra ele mudar


(Imperfeito / Pato Fu)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cinzas tão escuros...

Tem dias como esse
Que parecem não ter fim
Há cinzas tão escuros
Quanto o azul que há em mim
Tem dias que a tristeza vem
E estende um véu em tudo que há aqui

Queria ter certeza
Que alguém vai ouvir
Mas todos nessa mesa
Um dia têm que partir
Uns dias numa igreja e quem sabe
Eu me tornasse um dos fiéis

Tanto mar
Me dê vento e vela
Ou razão pra ficar.

(Une Chanson Triste / Herbert Viana)

terça-feira, 10 de março de 2009

Quando...



E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace

E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


(Sutilmente / Samuel Rosa e Nando Reis)

sábado, 7 de março de 2009

Não esqueça! Não esqueça!

Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravazar, de demonstrar

Nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar

(Quando eu te encontrar / Biquini Cavadão)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pedir demais?

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Adeus...

(Onde Deus possa me ouvir / Vander Lee)