domingo, 12 de julho de 2009

Todos os verbos do mundo



Errar é útil
Sofrer é chato
Chorar é triste
Sorrir é rápido
Não ver é fácil
Trair é tátil
Olhar é móvel
Falar é mágico
Calar é tático
Desfazer é árduo
Esperar é sábio
Refazer é ótimo

Amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo

Abraçar é quente
Beijar é chama
Pensar é ser humano
Fantasiar também
Nascer é dar partida
Viver é ser alguém
Saudade é despedida
Morrer um dia vem

Mas amar é profundo
E nele sempre cabem de vez
Todos os verbos do mundo

(Todos os verbos - Marcelo Jeneci /Zélia Duncan)

domingo, 21 de junho de 2009

Acordando o meu domingo

Não me peça pra ficar
Só porque você não quer me acompanhar
Não me fale em dor
Antes das noites de frio sob o cobertor
Não, não, não vou negar
Você me deu tudo, te dei arte do ardor
Não me cale, amor
Que a vida da gente é uma eterna canção por compôr

Pode parece cruel, mas vou
Eu não te desejo mal, mas vou
Me agarrando céu em céu pra outra real
Posso até estar pinel, mas vou
É porque desejo mais que eu vou
Te mando no aniversário um cartão postal

Vem, me tire pra dançar
Essa dança não é fácil de se acompanhar
Não, que falte amor
No tempo, no espaço a gente ainda pode criar
Deixo a vida te levar
Que as luzes se acendam e que a gente possa brilhar
Mas cuidado, amor
Que as mãos que te estendem tapete não possam puxar

Pode parece cruel, mas vou
Eu não te desejo mal, mas vou
Me agarrando céu em céu pra outra real
Posso até estar pinel, mas vou
É porque desejo mais que eu vou
Te mando no aniversário um cartão postal

Te mando no aniversário um cartão postal

(Fui / Vander Lee)

domingo, 3 de maio de 2009

Falar de Amor não é Amar

Eu segui os seus passos
Achando que você
Soubesse onde ir

Eu me vi em seus sonhos
Perdido, sem saber
Que direção seguir

Mundos tão estranhos
Nas palavras que eu ouvi
No fundo dos seus olhos
Afogado em gelo
Eu descobri

Falar de amor não é amar
Não é querer ninguém
Falar de amor
Não é amar alguém

Eu caí em pedaços
Um grão de areia carregado
Por marés

Derreti em seus lábios
Sentindo o chão sumir
Embaixo dos meus pés

Dias esquecidos
No verão que eu inventei
Eu sei que você vive
Das mentiras que eu acreditei

(Falar de Amor não é Amar - Dinho Ouro Preto / Alvin L.)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Nosso final é simples...

Me cansei dos teus desenganos
Não entendo a tua fala
Nossa casa está vazia
Hoje à noite é o meu dia...

Nossa vida virou novela
E eu não sou nenhum personagem
Que se enquadre em teus delírios
Quero andar nas ruas e sentir frio
No calor, quero estar sozinho...

Me cansei das tuas mentiras
Eu não quero esse dia-a-dia
Não consigo fazer promessas
Tenho apenas o que me resta...

O teu jeito não me abala
Não me sinto bem no teu jogo
Vou voar mais alto que as nuvens
Entender de vez esse meu vazio
Te encontrar prá não ser sozinho...

Tudo é sempre a mesma coisa
O mesmo jeito, toda vez
Tudo é muito relativo
E a distância, já nos fez
Somos serra e litoral
Nosso final, é simples
Tchau!...

(Tchau / Catedral)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Cai bem...

Ora bolas, não me amola, não me enfarta
Não me telefone, não me mande carta
Ora bolas, vá às favas, vá plantar batata
Desembaça, desencana, desentorta
Não me desacata
Eu não tenho sangue de barata
Eu não tenho suingue de mulata
Eu só sei fazer conta exata
Dane-se quem vier me destratar

Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata
Não ata e nem desata não
Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata
Não ata e nem desata não

Pelas flores que me deste fico grata
Pelas horas de conversa
De lorota e de cascata

Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata...

Juro pela Bíblia e pelo Mahabarata
Nunca mais te ver a partir desta data

Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata...

Faça bom proveito do seu coração de lata
Como o sol minh'alma continua intacta

Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata
Não ata e nem desata não
Esse amor não ata nem desata
Não ata e nem desata
Não ata e nem desata não

(Não Me Mande Carta / Zeca Baleiro)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Pura crueldade...

Eu sei que meu amor
É imperfeito
Mas se ele deixar,
Vou lhe mostrar
O quanto também
Tenho defeito
Não é pra me gabar
Mas rio do que faço
Eu devia chorar

Eu sei o mal que fiz
Já está feito
Mas lhe pedi perdão,
Por ser assim
E o coração que
Tenho no peito
Não quer acreditar
Já nem estou mais aqui
Nem em qualquer lugar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tão errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade
pedir pra ele mudar

Nem luz, nem espelho,
Nem olhos pra enxergar
Acho que sou alguém
Que nunca vai mudar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...
O que há de errado em ser tão errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir
Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade pedir pra ele mudar


(Imperfeito / Pato Fu)

sexta-feira, 20 de março de 2009

Cinzas tão escuros...

Tem dias como esse
Que parecem não ter fim
Há cinzas tão escuros
Quanto o azul que há em mim
Tem dias que a tristeza vem
E estende um véu em tudo que há aqui

Queria ter certeza
Que alguém vai ouvir
Mas todos nessa mesa
Um dia têm que partir
Uns dias numa igreja e quem sabe
Eu me tornasse um dos fiéis

Tanto mar
Me dê vento e vela
Ou razão pra ficar.

(Une Chanson Triste / Herbert Viana)

terça-feira, 10 de março de 2009

Quando...



E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste

Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe
E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace

E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti

Mesmo que o mundo acabe, enfim
Dentro de tudo que cabe em ti


(Sutilmente / Samuel Rosa e Nando Reis)

sábado, 7 de março de 2009

Não esqueça! Não esqueça!

Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar

Eu já sei o que meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
E o que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravazar, de demonstrar

Nunca me disseram o que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar, é isso que quero fazer
É isso que quero dizer

Eu já sei o que meus braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar, vai acabar

(Quando eu te encontrar / Biquini Cavadão)

segunda-feira, 2 de março de 2009

Pedir demais?

Sabe o que eu queria agora, meu bem...?
Sair chegar lá fora e encontrar alguém
Que não me dissesse nada
Não me perguntasse nada também
Que me oferecesse um colo ou um ombro
Onde eu desaguasse todo desengano
Mas a vida anda louca
As pessoas andam tristes
Meus amigos são amigos de ninguém.

Sabe o que eu mais quero agora, meu amor?
Morar no interior do meu interior
Pra entender porque se agridem
Se empurram pro abismo
Se debatem, se combatem sem saber

Meu amor...
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Aonde Deus possa me ouvir
Minha dor...
Eu não consigo compreender
Eu quero algo pra beber
Me deixe aqui pode sair.

Adeus...

(Onde Deus possa me ouvir / Vander Lee)

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Carnaval...

No carnaval
Se a gente quer
Pierrot vira anjo
Fantasia de papel
Se eu chorei
Não foi em vão
Pierrot quando chora
É sinal de solidão...

(Pierrot / Flávio Venturini)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cheio de Vazio

O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio
Cheio de vazios que transbordam
Seus sentidos pelo meio
Meio que circunda o infinito
Tão bonito de tão feio
Feio que ensina e que termina
Começando outro passeio

E lá do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

Amor é o nome que se dá
Quando se percebe o olhar alheio
Alheio a tudo que não for
Aquilo que está dentro do teu seio
Porque seio é o alimento
E ao mesmo tempo a fonte para o desbloqueio
E desbloqueio é quando aquele tal vazio
Se transforma em amor que veio

Lá do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

Do outro lado do céu
Alguém derrama num papel
Novos poemas de amor

O vazio é um meio de transporte
Pra quem tem coração cheio

(Cheio de Vazio / Paulinho Moska)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Vira virou...

Hoje é domingo... Dia em que a saudade engorda.



Vou voltar na primavera
Que era tudo que eu queria
Levo, terra, nova daqui
Quero ver o passaredo
Pelos portos de Lisboa
Voa, voa, que eu chego já
Mas se alguém segura o leme
Dessa nave incandescente
Que incendeia minha vida
Que era viajante lenta
Tão faminta da alegria
Hoje é porto de partida
Ah, vira, virou, meu coração navegador
Ah, gira, girou essa galera


(Vira Virou / Kleiton Ramil)